SEJAM BEM VINDOS

Podem matar uma, duas ou até três rosas.
Mas não podem deter a primavera.
Podem matar um, dois ou até três revolucionários.
Mas não podem conter a revolta.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

AS BEM-AVENTURANÇAS PARTE II

Nas bem-aventuranças temos um modelo a ser seguido. Jesus revela que tipo de cristãos e de igreja ele quer que sejamos. Devemos ser cristãos firmados em Cristo. Precisamos andar como Jesus andou. É obrigação da igreja e de cada um se posicionar com defensores dos desprivilegiados socialmente e espiritualmente[1].
A igreja tem por obrigação suprir as necessidades espirituais e sociais de seus membros. Na carta que Tiago escreve para as doze tribos que andam dispersas no capitulo 2 dos versos 14 aos 26 ele trata sobre a questão espiritual e social. Tiago diz que a fé sem obras é morta, se tivermos fé e não realizarmos as obras de nada se aproveita nossa fé. Ela não serve pra nada. Tiago iguala fé e obras. Em outras palavras, de acordo com Tiago a fé tem o mesmo peso que o social.


Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo?
E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?
Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesmo.
Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé.
Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta. (Tiago 2:1-17, 24,26 – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Versão Almeida e Corrigida, Edição de 1995).


Não há proveito algum a igreja ensinar a palavra e não suprir as necessidades dos membros. Quando me refiro a igreja não estou me referindo ao sistema eclesiástico e nem tampouco ao templo. Refiro-me ao grupo de pessoas que se unem para adorar a Deus. É obrigação de cada um de nós – como noivas de Cristo – socorrer aos que estão em situações difíceis, sendo eles processante da mesma fé ou não.
No sermão da montanha Jesus usa a expressão limpos de coração. Limpo de coração não significa jamais errar, nunca pensar em bobagens ou nunca pecar. Ser limpo de coração é viver em novidade de vida com Cristo (colocar o novo que se renova) dia após dia. É aprender a se levantar após uma queda, a chorar e não prostrado. Limpos de coração são pessoas que não se fazem de vitimas das situações, mas que encaram seus medos, suas duvidas, erros e imperfeições de frente, sabendo que é Cristo quem nos aperfeiçoa a fim de sermos aprovados por Deus.
Os filhos de Deus são pacificadores. São agentes da paz. No tempo da graça todos os que aceitam a Jesus como unico9 e suficiente salvado são considerados filhos de Deus (Jô 1:11-12). Os filhos de Deus são homens e mulheres que não vivem segundo a vontade de suas carnes (Jo 1:13), mas de Deus. A carne luta contra o Espírito, e Jô Espírito, contra a carne (Ef 5:17). Os filhos de Deus são cumpridores e obediente à palavra, são cheios do Espírito Santo, e, de acordo com Mateus, pacificadores.
Os filhos de Jesus promovem restituição da paz nos lugares assolados, propugnam a paz universal.
É triste ver tantas pessoas que dizem ser cristãs não terem o mínimo de tolerância e compaixão. Pessoas vingativas, egocêntricas, avarentas, usurpadores. “Cristãos” que se esqueceram que não estão mais no tempo da lei. Olho por olho e dente por dente saiu de cena. Entra em cena o virar a outra face.
Pior ainda é quando essas pessoas se encontram em lideranças eclesiásticas. Muitos líderes estão sofrendo perseguições, mas não é por causa da justiça. De acordo com as bem-aventuranças é mais do que feliz aqueles que sofrem perseguição por caudas da justiça.
São muitos os lideres que estão sendo perseguidos porque são corruptos, amantes de si mesmos, mentirosos, aproveitadores de situações. Ele sempre tem desculpas na ponta da língua para se livrarem de acusações, para esconderem seus erros. Sempre estão certos, nunca erram questioná-los é rebeldia.
Devemos sofrer perseguições porque estamos fazendo a diferença no mundo falecido em pecado, desigualdades sociais e distante de Cristo. Devemos ser injuriados porque incomodamos opressores e defendemos os injustiçados – tanto secularmente quanto de dentro da igreja. Devemos padecer por mentiras alheia, não pelas próprias.
É hora de revermos nossos conceitos cristãos, reavaliarmos nossa fé e examinarmos com atenção nossas obras.
Que o sermão da montanha, também conhecido com bem-aventuranças possa ser um modelo de vida cristã a ser seguido (obedecido) e uma realidade presente em cada um de nós.
[1] Espiritualmente no sentido de exclusão eclesiástica. São pessoas vistas com preconceito, tachadas de pecadoras e muitas vezes até de contrárias as doutrinas. São pessoas pobres de espírito que não são aceitas pelos “ricos de espírito”.

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