SEJAM BEM VINDOS

Podem matar uma, duas ou até três rosas.
Mas não podem deter a primavera.
Podem matar um, dois ou até três revolucionários.
Mas não podem conter a revolta.

sábado, 18 de julho de 2009

A LUTA ENTRE OS "EU"

Hoje não estou nos meus melhores dias. Parece que tudo desabou pela manhã.
Ao acordar preferia não ter saído da cama, pois assim talvez fugisse de meus problemas. O termo a ser usado é realmente esse, fugir; soa um tom de covardia e irresponsabilidade, fugir é para os fracos. Mas estou cansado de ser forte, de mostrar aparência de vitorioso e regozijar na desgraça. É hora de ser eu mesmo.
O mundo atual não aceita covardes e fracos. Tais pessoas são tratadas com menosprezo e desconsideração. Mas gostaria de ser “eu” apenas uma vez, de poder mostrar minhas fraquezas, gritar por socorro e chorar sem ser visto com menosprezo. Tudo que quero é ser livre.
Há alguém dentro de mim que quer saltar para fora, que não aceita mais ser aprisionado pelos objetivos alheios. Um “eu novo” quer aparecer, esse é um eu não tão forte como o outro e nem tem respostas prontas para não ser confrontado com o incompreensível. Esse novo eu não é mascarado pelas circunstâncias e nem pelas situações da vida, ele é apenas alguém insignificante para a sociedade e para os “fortes”.
O “eu atual” está blindado contra os ataques alheios, enquanto que o “eu interior” está vulnerável ao menosprezo e a futilidade. O eu exterior não é tão forte o quanto parece, no entanto, não posso negar que é um ótimo ator. Já o eu interior (o novo eu) é resistente até certo ponto. Quando não está mais agüentando ele simplesmente abana a bandeira branca e pedi ajuda. Infelizmente abanar é vergonhoso nesse mundo tão competitivo.
As mascarás não suportarão ao grito do novo eu... Socorro! Preciso respirar! Esse eu não é tão novo assim, ele é o verdadeiro eu de cada ser humano, aquele que foi escondido pelas circunstâncias da vida e pelas opiniões de terceiros, - mas que um dia irá surgir novamente.
Espero que quando ele reaparecer (quando somos crianças só existe ele) estejamos ao lado de verdadeiros companheiros e amigos. Pois acreditem, quando isso acontecer com certeza teremos “gigantes” a serem derrubados, e como não teremos condições físicas para enfrentá-los precisaremos de verdadeiros amigos; amigos que nos ajudem a carregar o nosso fardo, a suportar as desolações cotidianas e o menosprezo por sermos tachados como “diferentes”.

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